12/12/2013

Carrie, A Estranha e sofrendo bullying até dos críticos

Bem, na última semana estreou nos cinemas brasileiros o filme "Carrie, a estranha", como deve ser do conhecimento de qualquer um, desde o início das filmagens do mesmo houve maior alvoroço. A questão era: Será que o filme seria melhor que a clássica versão de 1976 que os cinéfilos quase fascistas defendem veemente? Ou será que seria mais um lixo blockbuster? Pelas críticas que vi do filme parece que muita gente foi em busca de um substituto para a versão de 1976 e não encontrou.

A verdade é que quando eu fui assistir o filme eu só pensava que quanto mais fiel ao livro ele fosse, melhor ele seria. No fundo, no fundo to pouco me lixando para quantas versões do filme existem e qual delas é a melhor, gosto mesmo é de que um filme baseado no livro seja feito com fidelidade ao texto e se houver alterações que sejam para melhor, contudo, em relação a adaptação do livro eu fiquei um pouquinho decepcionada com o filme.

A história todo mundo já conhece (eu pelo menos acho que conheça), mas vale relembrar. Carrie é uma menina estranha  que mora só com a mãe. A menina cresce cercada por fenômenos estranhos  (pelo menos no livro) e aprendendo com a mãe (uma fanática religiosa) que Deus queimará tudo de impuro e errado (ou seja, a Sra. White acabou criando uma menina desajustada pronta pra sofrer todo tipo de preconceito no mundo externo), telecinese vai, telecinese vem quando ocorre de Carrie menstruar pela primeira vez na escola, a menina que por falta de informação da mãe, entra em pânico com a situação de sangue saindo dela, isso desencadeia todos os fatos posteriores no filme, como o bullying que acontecerá com ela por causa disso, a menina Sue que começa a ficar com pena da moça e indica que o próprio namorado leve Carrie ao baile pra recompensar o bullying,, a treinadora da escola tentando proteger a moça das demais malvadas da escola, a mãe ficando cada vez mais maluca e fanática religiosa ao saber que a filha já "é uma mulher" e agora tem até um par para o baile, e uma menina colegial com sede de vingança por considerar culpa da Carrie ter sido expulsa do baile por motivos de ter feito bullying com a garota.

Tudo isso nos leva àquela cena final clássica do banho de sangue sobre Carrie, do balde caindo sobre Tommy (rapaz acompanhante de Carrie, feito por Ansel Elgort nessa versão). Eu particularmente adorei essa cena, apesar de vez em quando Carrie estar mais pra um X-men do que pra uma menina estranha que surtou com o "bullying final", Chloe Moretz notavelmente se esforça pra ser uma Carrie diferente e até consegue, segundo a atriz ela nunca tentou fazer igual Sissy Spacek (Carrie, 1976), Juliane Moore também está ótima como a mãe religiosa maluca, conseguiu fazer uma Sra White um tanto assustadora.
Porém, eu senti falta do banho de sangue final que acontece (no livro). Esta versão de Carrie nos mostra uma Carrie com um pé no futuro, com vídeos tornando-se virais na internet e fazendo a Carrie um cyberbullying, uma atriz um tanto bonitinha fazendo uma garota estranha e trazendo umas alterações que aos olhos do público pode parecer um pouco forçado e estranho, provocando assim um efeito negativo no filme e fazendo com que as pessoas só falem mal do filme.

Como já dito, tem gente que nunca vai aceitar uma versão diferente da de 1976 e já vai para o cinema com a mente fechada e pensando mal do mesmo. A dica é: Se for pra sair de casa e conferir com esse pensamento, nem se dê ao trabalho. Melhor encarar que é uma nova versão, com novas mudanças, novos atores, mesclando com a realidade atual e o filme não vai ser tão ruim quanto os críticos sugerem. 

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