30/08/2010

Cidade das Sombras- Revele mais um mundo fictício

Conhece filmes que deveriam ser melhores aproveitados? Sabe aqueles que tem um roteiro até interessante que seja sobre um mundo fictício que muitas pessoas poderiam se apaixonar por ele, mas mesmo assim por falta de divulgação talvez poucas pessoas saibam até da sua existência? Assim é Cidade das Sombras, com excelente atuação de Saoirse Ronan e com participação do antigo caça fantasmas Bill Murray. Mesmo tem uns efeitos especiais questionáveis e uma história sem muitas reviravoltas o filme agradou.

O filme fala da história da cidade de Ember que por algum motivo foi isolada por duzentos anos para proteger seus habitantes, uma caixa que deveria ser passada de prefeito para prefeito faria a contagem regressiva e no momento que os duzentos anos se passassem ela deveria ser aberta, no entanto, ao longo da história da cidade a caixa se perdeu e acabou sendo aberta sem que ninguém a visse. Justamente por causa do isolamento da cidade, a cidade de Ember vive em total escuridão, os habitantes nunca viram a luz do sol ou da lua e vivem de geradores de energia.

A cidade vive numa certa organização, acreditam que quem sair dela será contaminado e então todos obedecem as leis de um prefeito (Bill Murray) cujas atitudes são mais questionáveis que os efeitos especiais do filme. Os empregos da cidade são decididos através de sorteio e tudo está indo "bem" até que os geradores de luz começam a falhar e sem luz todos podem morrer, até dois adolescentes resolvem descobrir o que há além "dos muros" psicológicos que a população criou por causa do medo do escuro e os mistérios que envolvem a cidade serão maiores que eles imaginavam.

A película é uma ficção científica infanto-juvenil, sobre um mundo apocalíptico que é mostrado e direcionado apenas a esse público, ou seja, nada de termos filosóficos pra explicar o filme. O roteiro apresenta jovens com inteligência superiores a de adultos que seria uma boa fórmula de um filme da sessão da tarde, mas assistindo ao filme eu vi mais do que isso, não era um filme sobre romance entre jovens ou que envolvia magia e viagens ao espaços, era um filme sobre as pessoas se firmarem a se impor contra um sistema que havia há tanto que nem mesmo eles sabiam por quê ainda viviam na escuridão sem procurar resposta alguma. Como disse tem todo aquele roteiro voltado ao público infanto-juvenil, mas recomendo o filme a todos.

27/08/2010

Regan X Emilly Rose

Já que essa semana eu estou meio no assunto religião, revi dois filmes que causam polêmica na igreja católica. Filmes sobre exorcismos. Sempre que é lançado algum causa aquela velha polêmica na igreja, convenhamos que mexer com a igreja católica justamente "o órgão" que ainda move o mundo é pedir polêmica. Então hoje meu caro é meu dia de causar polêmica (brincadeira, só vou falar dos filmes e você escolhe o preferido).

Começando por O Exorcista, clássico do terror que ainda causa medo em muita gente e confesso que ainda é um dos poucos que fico incomodada em algumas cenas. Filmado nos anos 70 o filme narra a história da doce menina Regan que após brincar com o famoso-tabuleiro-que-ninguém-pode-brincar (Ouija) começa a ser acompanhada por um espírito que se apodera dela gradativamente. Inicialmente a mãe, a atriz Chris MacNeil, acredita que seja um amigo imaginário devido a inocência da menina, contudo, os acontecimentos começam a mudar. Regan sofre com o que os médicos juram ser uma doença, muda de comportamento, mas os acontecimentos ficam cada vez mais bizarros e sua mãe-testemunha desacreditada nos médicos e psicólogos logo recorre ao polêmico exorcismo da pela igreja. Tudo começa a fazer sentido e a menina com certeza está possuída pelo um espírito maléfico.

Já o Exorcismo de Emily Rose é mais recente. Alguns juram ser a verdadeira história de Regan, mas essa história não condiz. “Baseado em Fatos reais” essa é a história de Emily Rose, uma jovem que acabara de ir pra faculdade, saiu de casa pra morar no campus e desde então sua vida muda. Ao contrário do clássico dos anos 70, Emily não realiza nenhuma brincadeira, era uma moça católica cuja fé na igreja era inquestionável, até que os acontecimentos bizarros começam com ela também. O filme na verdade, é como uma memória do que Emily sofreu, já sabemos que ela está morta e o padre que realizou seu exorcismo está acusado por sua morte, então os fatos são relembrados pra que inocência do padre seja provada, no entanto, os demônios parecem querer se vingar também daqueles que queriam proteger Emily e os tormentos sofridos pela moça chega até na advogada do padre que está sendo acusado.

O dois filmes já são clássicos. Se você ainda não viu, verá um dia. Imperdíveis numa coleção de cinéfilos. O Exorcista é um filme regado por cenas clássicas do cinema que até hoje são relembradas em outros filmes e feitas homenagem a ele, como por exemplo, a cena em que Regan gira a cabeça em 360º ou a que engatinha estranhamente pela escada, além disso, tem uma trilha sonora misteriosa que só de ouvi-la pode causar horror e isso sem contar os grandes segredos por trás das câmeras que faz com que o espectador sinta medo até em cenas "mais calmas". Em O Exorcismo de Emily Rose, é um enredo diferente, Emily não chega a ficar de cama e a cena mais intensa do filme deve ser a do próprio exorcismo, o filme fica variando entre o julgamento e os acontecimentos sobrenaturais, mesmo assim é impossível não ligá-lo ao seu "antecessor" O Exorcista. Os dois tiveram ótimas interpretações em suas meninas possuídas. Então, qual dos dois é seu filme preferido sobre exorcismo? Qual você sentiu medo e chegou a dizer que é um verdadeiro clássico de terror? Acho que os mais observadores tenham percebido qual é o meu, se não...

25/08/2010

Chico Xavier- Homem Santo?

Deus Existe? Uma questão que vai além de explicações científica, uns acreditam outros não, mas se existe realmente a tal vida após a morte acredita-se que o mediador de tudo seja Deus. O espiritismo acredita nessa vida após morte e um dos maiores representantes da religião fora Chico Xavier o médium, cristão que foi testado de sua verdadeira capacidade por todo o Brasil é protagonista do filme. O enredo do filme fora todo baseado em relatos que ele dera em programa de TV nos anos 70, onde jornalistas tentavam desmascará-lo a qualquer custo.

O filme narra sua história desde a infância, quando era criado por sua madrinha. Chico mostra que como toda criança sensitiva, ficou assustado no começo, via sua mãe que já havia morrido e geralmente o aconselhava. No início ele mostra o quanto sofreu devido suas crenças nos espíritos que somente ele conseguia ver, o filme tem a variação de cenas entre a apresentação do programa e os relatos sobre sua vida. Logo Chico Xavier torna-se o homem vivo que todos queriam ver somente pra falar com os mortos.

Ao que o consideravam santo ele imediatamente mostrava o que não era e que apenas "recebia" informações dos que já se foram, a prova é que nos mais de cem livros que escreveu nenhum deles ele quis direitos autorais. A cinebiografia o desmistifica mostrando seus medos e receios, que desde o início sofre para que o Brasil pudesse acreditar em algo que não era de costume. Uma das trilhas mais tocadas na película é a música "prova de amor maior não há" que é seguida na música pela frase "que doar a vida pelo irmão" foi assim a vida de Chico, totalmente voltada para ajudar o próximo, ele mesmo chegava a dizer que não tinha tempo pra si mesmo. Considerando o filme completo, ele ficou realmente bom, além da história do médium temos o outro lado também, aquele da pessoa que por causa da tristeza da morte (e mesmo não acreditando) foi atrás da ajuda no espiritismo e como isso ajudou no desfecho de várias histórias.

Contudo, a cena em que Chico está em um avião que aparentemente vai cair, Daniel Filho deu uma guinada cômica que não funcionou, já que o filme já estava em um clima de "suspense" por causa do espiritismo e outra coisa terrível foram as cenas de encontro de Chico com seu guia espiritual Emmanuel. O ator que fez o papel parecia querer rir de algo o tempo inteiro ou rir de suas próprias frases irônicas para o médium, porém, a direção acertou quando mostra a câmera "entrando" na cabeça do médium para vermos o que só ele via, mas falhou demais é não promover a real emoção das psicografias, algumas ficaram secas e diretas. O filme é um trabalho delicado, sobre alguém que marcou o Brasil e se tornou um herói por causa de suas visões com certeza já está entre as melhores cinebiografias que vi. Bem, se você acredita ou não em Deus é um questão pessoal, acreditar no espiritismo é algo bem mais intenso, mas recomendo que não perca esse filme que pode te fazer mudar de ideia, seja ela qual for e relembrando que o filme é ótimo pra quem não conheceu tão bem a história do espírita.

24/08/2010

Só um Lembrete...

Lembra do Festival de curta Kinoforum? Pois é ele deu ínicio as suas apresentações dos melhores projetos audiovisuais na última quinta e será até o dia 29. O curtas estão sendo apresentados em várias sessões de cinema em São Paulo e o melhor é que todas as sessões são de graça, então se mora na grande São Paulo aproveite.

Visite o site do Festival de curtas Kinoforum e veja onde você pode encontr as sessões






Obs: Amanhã volto com as postagens sobre filmes

21/08/2010

Incendiário - E o mal uso de atores.


Incendiário é uma adaptação do livro de mesmo nome escrito por Chris Cleave. Talvez você não tenha ouvido falar por quê simplesmente o enredo do filme não consegue "decolar" eu diria. É uma película que inicialmente tem uma trama compreensível, mas na segunda metade do filme a complexidade que as tramas paralelas exigiam acabam com o ânimo do espectador, acaba não se dando valor as outras histórias e o enredo central fica monótono.

A história que move todo o filme é sobre a jovem mãe (Michelle Willians) que nas cenas iniciais aparece brincando junto ao filho numa praia, ela é infeliz no casamento e tudo leva a crer que ela nem marido tinha, mas em sequência ele aparece. Aos poucos sua rotina de esposa e mãe é mostrada e nos minutos seguintes de filme ela encontra/conhece o jovem repórter (Ewan McGrecor) em um bar. Conversando com ele, ela tem um diálogo que supostamente não precisava mais mostrar o passado dos personagens (mesmo assim o filme insiste em mostrar).

O marido trabalha no esquadrão anti-bombas e o filho tem 4 anos e adora um coelho de pelúcia. A química entre os personagens é visível até que, enquanto o marido e o filho vão a um jogo de futebol e ela está fazendo sexo com seu mais novo amante, o repórter no caso, acontece um atentado ao estádio. Eis que aí o filme começa a ficar "dramalhão" demais, apesar de ser plausível a dor de uma mãe perder o filho e se sentir culpada por estar com outro homem naquele momento. O filme se torna denso demais e outras tramas começam a se desenvolver, como quando ela conhece um menino filho de um dos terroristas do estádio ou fato do repórter procurar respostas pra aquele desastre, sendo que ele era apenas um amante que ela não queria mais ver e a pergunta é: Pra quê as respostas?

O enredo começa a parecer uma novela mexicana, no entanto, a atuação de Michelle Williams foi digna de valer ver o filme, a personagem é intensa, muda constantemente. Já o grande problema foi ao mal uso de Ewan McGrecor, pra quem conhece os trabalhos dele sabe que ele é um excelente ator e em Incendiário parece ser reduzido a um papel de importância na história, mas que quase nunca vem em cena. O roteiro peca quando na segunda metade tenta fazer reviravoltas bobas que já não surpreende mais o espectador e coloca Michelle Williams fazendo uma narrativa durante o filme de um carta direcionada a Osama, que me desculpem aos que gostaram do filme, mas não fez sentido aquilo, entretanto é um filme que amantes de filmes dramáticos podem gostar bastante e até ver a beleza nele que não vi.

19/08/2010

Mamma Mia! Aqui Estamos de Novo.

Musicais podem ser um gênero ainda renegado pela população. Pessoas consideram inaceitável uma vida onde as pessoas saem cantando aparentemente sem motivo algum, mas fica tudo ok quando se trata de pessoas azuis pulando em outro palneta, no entanto, musical é um gênero que merece seu reconhecimento. É um filme que não tem grandes mistérios, um enredo complexo e super feitos especiais, geralmente são filmes que tentam ganhar o público com a música. Então é aí que chego onde queria, se houvesse clichês de musicais com certeza Mamma Mia! era o filme, músicas conhecidas, atores conhecidos e uma história de certa forma engraçada.

O filme narra a história de Sophie de 20 anos que está prestes a se casar e não se sente completa antes que conheça seu pai. É compreensível sua curiosidade já que sua mãe que a criou sozinha nunca comentava sobre o homem, eis que a moça tem a ideia de roubar o antigo diário da mãe e descobre que tem 3 possíveis pais. achando que algo aconteceria assim que encontrasse seu verdadeiro pai, algo como ela o reconhecer, eles se parecerem ou ele dizer a ela que sabia que ele era o seu pai, Sophie convida os três para seu casamento.


Sam, Harry e Bill são homens completamente diferentes. Todos eles tiveram casos com Donna, mas qual seria a melhor forma de resolver essa história? Cantando é claro. Digo que Mamma Mia! é clichê de musicais pois quando se fala em musicais muita gente pensa em pessoas cantanado alegremente pela rua e é exatamente assim que o enredo do filme caminha. A película passa uma imagem alegre, com as músicas do grupo ABBA que nos remetem a época glitter anos 70/80.

Talvez seja por isso que a fórmula deu tão certo, ninguém imaginaria que o clima de festa que até nas cenas mais intensas do filme ainda havima sobras dele iria levar a melhor bilheteria de 2008. Diferente de outros musicais a maioria das músicas encenadas foram cantadas "ao vivo", na da de gravações em estúdio ou algo assim, o que levou o filme a ter outro ar de realidade, mas convenhamos que lá a realidade era outra seria quase impossível você cantar Dancing Queen na rua e um bando de gente te seguir cantando a música. O que surpreendeu foi alguns dos atores dando show de talento em termos de música e ainda assim interpretanto bem, mas também um musical que tenha Meryl Streep no elenco e cantando ABBA já merece ser visto.

Obs: Reeditei a postagem e publiquei novamente, pois achei melhor falar sobre esse filme agora.

16/08/2010

Ilha do Medo- Loucuras e Verdades não estão do mesmo lado.

Certamente você deve saber quem é Martin Scorsese e talvez saiba que os últimos 4 filmes dele foi com um atorzinho chamado Leonardo DiCaprio. Na verdade, Leonardo não é mais uma atorzinho desde Diário de um Adolescente, apesar de não conhecer nada de filmes naquela época já sabia que ele seria um grande ator. Eis que os anos se passaram, DiCaprio virou o ator que todos queriam e surgiu a parceira com Scorsese, parceria essa que perdura até hoje com o último filme deles A Ilha do Medo.

Ver o filme praticamente as cegas é muito bom, não sabia muito sobre o que se tratava. A Ilha do medo já começa mostrando Edward Daniels (Leonardo DiCaprio) com náuseas em um návio, na cena seguinte conhecemos, assim como ele, seu parceiro Chuck (Mark Ruffalo) que também é um delegado federal e os dois estavam indo investigar o desaparecimento de uma paciente no hospital psiquiátrico Ashecliffe que fica na Ilha. Desde o início o filme tem um clima pesado, com uma fotografia assombrosa e com direito a neblina. O hospital fica em um antigo prédio da Guerra Fria e toda investigação de Edward (ou Teddy como chamam) parece ficar mais tensa a cada minuto.

O médico responsável pelo hospital é Dr. Crowley (Ben Kingsley) e ao que tudo indica está apenas envolvendo Teddy e Chuck em uma trama noir, onde há toda uma conspiração para não descobrirem os verdadeiros segredos da Ilha. A película é complexa, pista nenhuma sobre seu final parece ser revelada, apenas confiamos no personagem Teddy e vemos o que ele quer ver. Confiamos no roteiro que nos leva a um holocausto do imaginário de Teddy e a delírios deel coma esposa morta, ex-presidiários mentalmente desequilibrados mentindo nervosamente e a vários outros personagens que vão aparecendo ao longo do filme.

É importante saber que filmes assim a atenção tem que ser voltada somente a ele, personagens saem tão rápido de cena assim como entram, a maioria deles são cruciais para o desenvolver da história, o espectador fica instigado a descobrir os mistérios do local e por quê das mentiras, sonhos sem sentido do protagonista e o clima tenso que prevalece inteiramente no filme, mesmo que aparentemente não haveria motivos pra preocupações. Então assim Martin Scorsese realiza seu filme, provocando o espectador, homenageando filmes B dos anos 50 e ainda assim consegue amadurecer mais a atuação de Leonardo DiCaprio, o filme é imperdível e com um final inimaginável para o decorrer do filme, veja e surpreenda-se com mais esse trabalho dessa parceria.

13/08/2010

PROMOÇÃO: Festival de Curtas Kinoforum

Mais uma promoção que acontece aqui no blog e dessa vez abrange toda a sétima arte e a paixão que todos tem por ela. O 21º festival Internacional de Curtas-metragens de São Paulo (Curta Kinoforum) acontecerá de 19 a 27 de Agosto.O Festival é um ponto de encontro entre a produção latino-americana e internacional, promovendo o intercâmbio de experiências culturais, econômicas e políticas relacionadas ao curta-metragem.

A programação é composta por uma refinada seleção da mais recente produção intercional e latino-americana, além da maior projeção anual da produção nacional. Resumindo em poucas palavras, um festival de curtas em São Paulo. O sorteio será fácil, em poucas linhas você irá dizer sobre o que falaria seu projeto audiovisual, ou seja, seu curta-metragem, diferente da última promoção, nessa você terá que confiar mais em mim, sendo assim SE você se inscrever na promoção e caso não esteja disponível na internet durante todo o final de semana, preciso que mande para meu email (mirella-santos@hotmail.com) seu nome completo, RG, endereço e telefone. Caso esteja disponível e sempre de olho no seu email, deixe apenas seu email de contato aqui nos comentários.

Provando a você que isso é um projeto sério e não mais um golpe de internet eis aqui as redes socias onde você pode entrar em contato com o pessoal do Festival Curta Kinoforum : Comunidade no Orkut, Twitter, Facebook, Site e blog. Tudo isso para um divulgação maior e melhor do festival de curtas em São Paulo, mas que não custa nada todo o Brasil conhecer o trabalho. Vamos a melhor parte, o vencedor do melhor micro-roteiro de curta-metragem levará pra casa uma camisa, 1 bottom e 1 par de ingressos pra conferir esse festival pessoalmente. Só pra realçar o par de ingressos serão credenciais de imprensa para o festival, mas isso será explicado ao vencedor com mais clareza. Então escrevam seus roteiros (lembrando que em poucas linhas), se não ficarem disponível no final de semana me mandem suas informações pessoais pelo email e por fim vejam o vídeo de divulgação do Festival Kinoforum.



Obs: Se não tiver um história pode ser um tema e você comenta o por quê dessa escolha apenas. A promoção vai até domingo (15/08/2010) a noite.

11/08/2010

A Caixa- Amai-vos uns aos outros como eu vos amei?


Você já deve ter visto um daqueles filmes que você pressente um final tão confuso (ou misterioso) quanto seu início, quem já viu vários filmes já conhece os clichês do cinema e é aí que você se encaixa como espectador vendo o filme A Caixa esabendo como será seu fim. Antes de tudo o filme chamou minha atenção por uma pequena sinopse que dizia: " O que você faria se ganhasse 1milhão de dólares pra somente apertar um botão de uma caixa, sendo que, ao apertar uma pessoa que você não conhece morreria em algum lugar do mundo". A resposta parece meio óbvia pra todo mundo que sofre com dívidas atrasadas e tudo mais (é, mas tem gente que jura que não apertaria de forma alguma).

A narração do filme gira em torno do casal Norma e Arthur. O casal que não esperava pelas "surpresas" da vida começam a se deparar com uma vida de desconfortos já que Arthur, que trabalhava na NASA, não será mais astronauta e os descontos dados a Norma na escola de seu filho por ela ser professora serão tirados, mas nada tão ruim que uma família não possa conviver. Até que o Sr. Steward aparece com a oferta da caixa, lembre-se, a promessa era apenas morrer uma pessoa que eles não conhecessem, no entanto, pra história ficar ainda mais confusa há sempre aquela quebra de contrato e quem acaba se "ferrando" é o casal que acharia que com um 1 milhão na conta bancária iria melhorar sua vida.

A premissa central do filme é adaptada da história “Button, Button”, de Richard Matheson, que eu creio que seja uma história tão incoerente quanto a do filme. A película começa a beirar o ruim quando inicia perguntas e mais perguntas sobre o enredo e quase nenhuma delas tem respostas. No filme o casal começa a ser espionado, ficam num estado de paranoia, começam a ouvir coisas de pessoas próximas que não fazem sentido, tudo em torno da caixa que mudara suas vidas, inicialmente parece tudo simples, apenas escolher se uma pessoa deve morrer ou não, mas as consequências tomaram proporções tão grandes que nem os personagens e nem o espectador entendem, isso é, só faltou a fumaça negra pra relembrar uma certa série que não dava respostas.

A Caixa é isso, a reflexão sobre o real valor da vida humana, mostra o quão longe um ser pode ir somente em benefício próprio e esquecer que o próximo também tem sentimentos. O filme não tem nada sobre divindade, os mais observadores entenderão logo do que se trata e que apesar do roteiro confuso e péssimos efeitos especiais, Steward, o homem que levou a caixa até eles, só quer lhes mostrar mais uma "lição de vida", no entanto, o filme poderia ser melhor afinal tem a antiga sex simbol para os homens, Cameron Diaz no elenco, mesmo assim o filme pareceu faltar algo, dar explicações talvez, melhorar os efeitos e finalmente ser um grande filme de suspense.

09/08/2010

Como Passar Em Concurso Público - A Comédia


Ainda é "dura" a realidade do brasileiro, a maioria já cresceu ouvindo que passar em concurso público é o caminho mais curto pra felicidade. Então é dessa forma que a peça Como Passar em Concurso Público constrói sua temática, em volta de toda a decisão que leva uma pessoa a escolher que na sua vida ela será apenas mais um candidato a vaga até alcançar o êxito em sua vida profissional, ou seja, trabalhar pouco e receber muito.

Toda vez que se trata dessa temática é como se fosse o assunto mais sério do mundo e não há brincadeiras quando se trata de passar em um concurso público. Antes eu ouvia frases do tipo "Enquanto você dorme seu concorrente estuda" e me sentia muito culpada até quando dormia, mas é aí que a peça tira o humor dessa história e coloca em palco. Mostra aquela pressão da família, além disso mostra o grande momento, o da prova. É lá que tudo vem a tona se você estudou ou não, a pressão de todas as pessoas que estão torcendo pra que você passe e finalmente seja "feliz".

O elenco da peça prepara você como candidato antes, durante e depois da prova. A peça conta a trajetória de José Brasil que desde o nascimento o pai já falava que iria fazer direito e depois vários cursinhos até passar em algo. As dicas de como passar, estão em toda a peça entre elas estão estudar, na dúvida marcar a alternativa certa, mandigas e se seu sonho for passar em concurso público siga seu sonho e passe num concurso público. No entanto, quando a dica vem de um pastor de igreja evangélica com sua tradutora de LIBRAS deve ser o momento mais hilário da peça, você deve saber como as pessoas exageram um pouco em relação a evangélicos, mas quando se trata de tradutoras para surdos esse fora o exagero mais engraçado que já vi, incluindo encenações do capeta por ela.

Os rapazes interagem com o público e também tem o seu ponto alto da peça quando encenam o momento da prova, momento esse que até Jesus aparece para ajudar o "jovem" de 33 anos José Brasil que até agora não havia realizado o sonho de seu pai. Jesus surpreende a plateia quando aparece e demonstra que nem mesmo ele sabia a resposta da questão, se até o todo poderoso não sabia, qual será a solução pra Zé Brasil? recorrer a ícones do cinema! E assim que até o famoso ET de Steven Spilberg aparece em cena. A peça em si é muuuito engraçada, principalmente pra quem sonha com o concurso público pra sua vida. A interação com o público é muito boa, você termina a peça querendo ver mais e aprendendo que a felicidade também pode não estar em concursos, mas se você quiser isso mesmo terá que correr atrás.

08/08/2010

O Diabo Veste Prada- E o mundo aprende a se vestir com ele.

Antes de falar sobre esse filme queria avisar que, assim como um colega blogueiro, também não conhecia nada de moda até ver O Diabo Veste Prada (até naquela época o que minha mãe dizia que estava bom, eu também achava ótimo). Até que um dia apareceu uma certa Miranda na vida de todos os cinéfilos e ainda mais maravilhosamente bem interpretada pela Meryl Streep, então o conceito sobre moda muda e pelo menos quase tudo que eu sabia até ali também.

O Enredo do filme é sobre a jovem Andrea, recém-formada e toda empolgada com ideias novas pra qualquer lugar que ela trabalhe, no entanto, seus ideais de trabalho são praticamente destruídos quando ela acaba na revista de moda RunWay e conhece sua chefe Miranda, uma mulher cruel, ambiciosa e que várias garotas morriam/matariam pra trabalhar pra ela mesmo assim. Pra quem já viu o filme sabe que Andrea (ou Andy) vai mudando aos poucos somente pra agradar Miranda.

A película é baseada no livro de uma das assistentes que trabalhou pra mestre suprema, a maior em toda cadeia alimentar da moda, ou seja, editora-chefe da Vogue. Sabemos que o mundo da moda tem lá suas frescurites, mas ao depararamos com O Diabo Veste Prada o que era desconhecido até então, a moda em questão, torna-se algo engraçado e passamos a rir das situações impostas por esse "diabo". Andy não faz o tipo de garota que anda na moda, anda com moletons enormes, é um pouco acima do peso, os cabelos não combinam, ausência de maquiagem, até que ela percebe que para chamar atenção de sua chefe precisar mudar o look e andar de acordo como ela dita as regras.

Acho que quem viu confessa que riu pelo menos com a situação de manuscrito de Harry Potter vs. Andy. As poucas críticas que li sobre o filme era que valia a pena só pelo fato de Meryl Streep estar no elenco, mas engana-se quem pensa assim (Ainda tinha Anne Hathaway, Emilly Blunt, Stanley Tucci...). O filme é divertido, ainda tem os toques com cenas românticas e mostra todo o lado negro da moda que não é apenas o glamour excessivo. As mulheres que veem terminam sabendo o que vestir, já os homens eu não sei, mas eu ainda não conheci nenhum que não tivesse gostado do filme. Afinal moda pode não ser tudo na vida, mas ela sempre estará a sua volta, as pessoas sempre sentirão necessidade de se vestir bem e estar com o corpo "bom" talvez esse seja o ponto alto do filme, mostrar que felicidade nem sempre está nessa ambição por beleza que a humanidade busca.

06/08/2010

O Sexto Sentido- Ainda há emoção em revê-lo


Sinceramente, tenho que contar algo a você, falar de filmes não é fácil e ainda transmitir através de poucas linhas tudo o que senti durante a exibição é mais difícil ainda, colocar em palavras e dizer pra você os prós e contras é um trabalho árduo e acho que alguns blogueiros concordam comigo nesse termo. No entanto, em relação a Sexto Sentido vou tentar fazer isso, já que parece que todo mundo já conhece seu final mesmo que nunca tenha visto o filme (o que honestamente eu acho difícil).

O filme narra a história do psicólogo Malcolm que após um incidente com um dos pacientes resolve tratar de um menino que tem o mesmo problema. O menino Cole sente-se incompreendido, não sabe como revelar seus segredos sem todo mundo pensar que ele ficou louco, eis então que os problemas são revelados, Cole vê gente morta (isso são palavras dele) e não, ele não vê somente de vez em quando como alguns dizem ver.

Enquanto isso o psicólogo Malcolm Crowe tenta ajudá-lo com esse novo sentido que o menino tem e aos poucos ele ganha a confiança dele, mas ainda assim passa por dificuldades em casa com a esposa, tenta conversar com ela, mas ela parece não ouvi-lo e é assim que Cole também o ajuda. Durante todo o filme existe aquele terror psicológico (que pra mim é o melhor) ele sempre põe o espectador no lugar do personagem que sofre, então começamos a sentir quase que na pele os mesmos medos de Cole, as aflições e sua relação dificutosa com uma mãe que não o entende.

O diretor indiano M. Night Shyamalan., que é conhecido por seus finais com reviravoltas, faz mais um de seus truques em O Sexto Sentido, entretanto, a diferença na película é a atuação e um roteiro até então jamais visto. Crianças atormentadas por espíritos? Ok isso a gente já viu, Crianças que estão sofrendo psicologicamente em todos os termos em sua vida por causa de espíritos? Isso sim era novidade. O filme chegou a ser indicado a seis Oscar, inclusive o de melhor ator para Halley Joel Osment (Cole) que eu ainda me pergunto por onde anda já que ele sempre atuou tão bem e foi indicado a melhor direção e roteiro, também não seria pra menos O Sexto Sentido tornou-se um clássico do terror, terror psicológico quase sempre dá certo e mesmo metade da face da face da Terror sabendo o seu final ainda há emoções novas em revê-lo, tem gente que se emociona com o drama do menino quanto mais se assustar com o que ele passa.

04/08/2010

Sweeney Todd- O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet

Continuando meio que nesse embalo de filmes de terror, Sweeney Todd é a maravilhosa estreia do diretor Tim Burton em musicais genuínos e isso sem deixar aquele lado sombrio que sempre foi seu ponto forte nos filmes. A película é um filme de terror e musical (repare bem no nome que é quase um spoiler), ao contrário do que muita gente pensa que todo musical tem que ser feliz ou sobre amor. Mas sim, o tal amor é lembrado com certeza, mas não é a prioridade do enredo do filme, na verdade, se formos perceber pelo roteiro as ambições dos personagens são poucas.

O filme é baseado no musical da Broadway e conta a história Benjamim Barker(Johnny Depp), um barbeiro que adota o nome Sweeney Todd depois que é expulso de Londres e retorna pra lá pra amparar sua esposa e filha caídas na desgraça. Sweeney retorna e logo encontra "aliados", primeiro o jovem Anthony, marinheiro e que por coincidência irá se apaixonar pela filha do Sr. Todd e segundo (a já diva do cinema) Srta. Lovett (Helena Bonham Carter), dona de uma loja de tortas falida e suja no meio de uma Londres Vitoriana.

Por causa da época em que o filme se passa tudo já é sombrio, ruas escuras e sujas, roupas pretas e pessoas tão sujas quanto as ruas e seria esse mais um motivo para que Sweeney começasse seu plano diabólico? A falta da preocupação das pessoas com eles próprios? Bem, tudo se encaixa, Sweeney precisava tirar a filha Johanna da casa do juiz (Alan Rickman) que a guardava lá como sua protegida e pra salvá-la e tirar todas as pessoas que a rodeiam "protegendo-a" a única forma é matá-los. Eis que surge a brilhante ideia da Srta. Lovett matar as pessoas e as que muito não sentiriam falta, fazer tortas com a carne delas, já que a carne normal não estava num bom preço e ganhar dinheiro com isso.

Em certos momentos do filme parece que o olhar de Tim Burton era o mesmo do espectador, quando você percebe que ele mata muitas pessoas, todas seguidas das outras e a maioria sem motivo aparente, você se pergunta se ele só vai continuar matando e matando até que... Ele para de matar, mas isso não perdura por muito tempo. Bem, pelo menos quebra um pouco aquele ritmo de aniquilação do elenco inteiro do filme praticamente. Lembrando que uns 80% do filme é cantado, ou seja, tudo num ritmo mais lento o que pode ser maravilhoso pra quem ama musicais, mas pra quem não gosta será tedioso, repulsivo e nem iria valer a pena pelo grande trio do cinema Depp+ Carter+ Burton.

O curioso do filme é que os personagens ficaram com as mesma aparência do diretor Tim Burton pele pálida e olhos profundos. São perceptíveis as cenas de felicidade (ou apenas as de ambições da mesmas) as cores mudam, tudo fica mais claro e bonito, ao contrário da realidade que eles estão que é mais escura. As músicas também não são conhecidas e nem se dão ao trabalho de ser, ao contrário de muitos musicais que usam da fórmula dos hits, seja eles antigos ou novos, para que as pessoas se apeguem ao filme. Percebe-se que é um filme que não foi feito pra cair no gosto de todos, mas quem gosta de musicais amará Helena soltando a voz. Johnny e o amado de sua filha, Anthony, cantando pra ela. O menino Toby inocentemente cantando e envolvido nessa história e uma história de canibalismo involuntário das pessoas que comiam as tortas da Srta. Lovett sem saber suas receitas macabras. Resumindo, o filme é basicamente tudo o que muita gente já sabe, mas vale muito a pena dar uma conferida nele.

02/08/2010

O Terror em Silent Hill- Terror baseado em games funciona?

Qual foi o último melhor filme de terror que estreou no cinema pra você? Bem, pra mim já faz um tempo que vi um que gostei. Quando vi o Terror em Silent Hill, só pra constar, é um filme que fui enganada pelo trailer, ao ver o trailer você consegue imaginar um ótimo filme, que apesar do roteiro ter sido tirado de games, você realmente pensa que o filme será assustador o bastante. No entanto, o que faltou na pequena cidade fantasma de Silent Hill foi coesão em sua história.

O filme narra a trajetória de Rose que na cena inicial corre atrás da filha Sharon evitando que ela caia de uma penhasco. Rose e o marido estão preocupados com o sonambulismo da menina que só fala em Silent Hill, desenha... Rose, desesperada por uma cura pra filha adotiva, a leva pra Silent Hill, o que já era de se esperar terá sempre alguém tentando impedir a chegada de Rose na cidade e dessa vez foi uma oficial de polícia.

A policial pensa que ela está raptando a garota, então a segue até Silent Hill. Sua chegada na cidade é típica de filme de filme de terror, um vulto, uma batida de carro e ela acorda sem sua filha no automóvel. Daí em diante o enredo mergulha no videogame mesmo, Rose tem a meta de achar a filha, convencer a policial de sua inocência e se livrar dos terríveis monstros que aparecem quando o toque de recolher seguido por um breu é acionado na cidade. Depois daí fica muito confuso, conhecemos Alessa que foi uma menina injustiçada pela fé que deixou os habitantes daquela cidade cegos por ela (não literalmente) e queimaram a menina, aos poucos vamos conhecendo sua história, seu lado bom e ruim e toda verdadeira intenção daquela história confusa.

A película teria apenas que reconhecer que o filme não era o jogo e sim baseado em algumas coisas, mas a fidelidade foi tanta que ficou difícil de entender muitas coisas. Todo espectador (eu acho) quer uma história compreensível e no fundo querem ver os motivos daqueles monstros desaparecerem tão rápidos como aparecem, o por que de existirem e o por que dessa fé que levou os habitantes a viver num mundo aparentemente apocalíptico por tanto tempo sem se questionarem. Mistérios esses que tem fãs que juram ter entendido, eu fiquei sem entender, mas gostei do filme, afinal qualquer filme que tenha perseguição com monstros sem rostos, cenários nebulosos, lugares claustrofóbicos e escuros já dá aflição suficiente ao espectador pra só assim ficar bom e eu gostar =D