06/09/2011

Planeta dos Macacos: A Origem


E você que achava que o blog tinha parado? Que nunca mais haveriam novas postagens? Bem isso é meio verdade. Essas crises blogueiras que me impedem de postar... Enfim, a história é que o blog voltou hoje, mas não garanto as postagens de amanhã ou depois. De qualquer forma agradeço quem estiver lendo esse post, mesmo depois de tanto tempo.
O filme de hoje talvez seja um clássico nos cinemas, não o mais recente, mas convenhamos que seu nome em si tem um grande peso cinematográfico. Planeta dos Macacos: A Origem tem como enredo a história do macaco César, que sobreviveu a um "massacre" de macacos que aconteceu no laboratório em que nasceu devido a agressividade da mãe.

César, ao contrário dos macacos normais, cresce numa casa como uma criança, mas sua evolução vai além disso. O cientista (James Franco) que o criou, em busca da cura para o Mal de Alzheimer, cria um vírus que combate a doença, mas cria super habilidades também. A mãe de César era um dos animais que estavam sendo testados e acabou transmitindo para o filho a super inteligência que tinha.

A película segue essa linha de mostrar a evolução do macaco e sem focar muito nos personagens humanos, a não ser em Franco que tem um pequeno destaque. César além de ser diferente, tem comportamentos humanos, a capacidade de comunicação e compreensão rápida, e uma olhar humano que volta em meia chega a assustar. O filme não tem um enredo impactante como alguns esperavam, já em efeitos visuais foi a deixa pra chamar atenção do público e ele consegue, há até boatos sobre uma possível indicação ao Oscar (será?), o fato é que Andy Serkis (o macaco César) parece levar o filme nas costas, não se foi pelo enredo que não permitiu as outras atuações ou se foram as outras atuações que foram fracas mesmo. Mesmo assim, recomendo assistir e conferir essa possível indicação.

08/05/2011

Thor- Um Pouco da Mitologia Nórdica Próximo de Você

Ultimamente uma pequena porcentagem do cinema tem se voltado para as mitologias. Depois de Percy Jackson e Fúria de Titãs com a mitologia grega, o foco para a mitologia Nórdica. O enredo do filme consegue ser fiel a mitologia e envolver os dias atuais no seu roteiro, no entanto, parece ter sido muito rápido pra tantos detalhes e fica parecendo ao espectador que o roteiro já estava pronto a centenas de anos e só fizeram uma adaptação aos cinemas.

Thor narra a história do deus Thor (OH!). Thor
, deus do trovão, é irmão de Loki, deus das travessuras e os dois filhos de Odin (Anthony Hopkins), o deus todo poderoso. O filme inicia com a questão de quem será o substituto para Odin, cada filho possui suas próprias qualidades para assumir o trono, porém, ao longo do filme Thor demonstra complicações em lidar com quem lhe desrespeita, impulsivo, brigão, ele acaba ofendendo o próprio pai, após o mesmo ter salvado sua vida numa briga com os monstros gigantes. Thor então é expulso do reino e vai parar na Terra e sem poderes.

É neste momento que o filme se foca em dividir suas cenas entre Thor e Loki. Thor, na Terra, conhece Jane (Natalie Portman), a película não a enfatiza a riqueza de detalhes, então "corre" pra mostrar o máximo possível. Como o fato de Loki descobrir que é adotado e se revoltar (ou tentar impressionar) seu reino, o ódio dele crescente pelo irmão, seu passado conturbado, nada muito aprofundado, mas apresentado ao público. O filme também tenta fazer com o espectador veja as mudanças no caráter de Thor depois de conhecer Jane e ver que raça humana não é inferior, aprende a viver como humano, mas como já disse nada muito aprofundado nos detalhes.

A riqueza no filme é só de talento desperdiçado, convenhamos que ninguém esperava muito Natalie Portman estar num filme assim depois de Cisne Negro. A película é repleta de efeitos especiais, lutas para os fãs de games que conheceram a mitologia nórdica através deles, mas não vai muito além disso. Feito só pra entreter, o que já é bem típico da Marvel e preparem-se que talvez ganharemos uma continuação. A propósito, feliz dia das mães para todas as mães que você conhece, inclusive a sua.

03/05/2011

It's Friday (?)

Olá, há quanto tempo né?! Pra voltar pro blog e ficar mais fácil de lidar com as coisas por aqui é bom começar a falar de tudo que seja na mira do entretenimento mesmo não é? Não? Tudo bem. Pra começar essa nova fase vamos de Friday de Rebecca Black. Você leitor(a) bem informado(a) já deve ter ouvido falar dessa nova cantora pop que surge pra abalar, literalmente, pra abalar todas as estruturas do cenário musical.
A menina tem apenas 13 anos e já divide opiniões, alguns como Lady Gaga já dizem que ela é um gênio (?), já outros relatam que sua voz é ruim e a música single pior ainda. Rebecca
que admitiu ter pagado uma gravadora pra filmar seu clipe e gravar sua música, não se incomodou com o ódio internacional que a atingiu por causa de sua música, a menina declarou que toda a renda de Friday iria para as vítimas do terremoto no Japão.
E por falar em Friday, ela é uma música cheia da simplicidade, tão simples que essa talvez seja a maior causadora de opiniões negativas sobre a menina,
afinal o quão profundo uma menina de 13 pode ir numa letra de música?!
De fato, é o tipo de música "chiclete" mas seria uma cantora famosa num futuro (distante ou próximo)? O que você acha do cenário musical estar se reformulando e ganhando cantoras assim?




E há quem diga que agora Katy Perry, sim a moça que tentou melhorar a auto estima de todos com sua música firework, agora a cantora quer fazer uma parceria com Rebecca Black em Friday. Bem, tem gosto pra tudo no mundo.

16/04/2011

Momento de Debater

Caro(a) leitor(a) as coisas estão dificeis aqui pro blog, ou estudo e trabalho ou me dedico totalmente ao blog, o que ta sendo realmente difícil por que ter um blog é dedicar mais de uma hora pra cada postagem, então a Luana França me ajudou com mais uma postagem pro blog, com o primeiro momento de debater do blog, se você concorda ou não, comente, exponha sua visão e o importante é você ler e opinar e hoje ela fala sobre a tragédia do Realengo.

"Um assunto que há algum tempo já vem sido discutido, principalmente apόs a tragédia na escola no Realengo: bullying. Alguém poderia fazer o precioso favor de me dizer o que leva uma pessoa a atingir outra com brincadeirinhas de mau gosto e humilhações, sem nenhum motivo aparente? O que esse ser humano ganha com isso? Destaque? Liderança entre os grupos? Será possível que pessoas assim não percebem o mal que estão causando ao prόximo e a elas mesmas também, por se prestarem a cometerem tal atitude? Eu, sinceramente, quanto mais tento entender coisas assim, mais eu fraquejo na tentativa. Eu realmente não quero minimizar a culpa do atirador, porque não vejo isso como justificativa para alguém cometer tal ato. Pelo contrário, eu sό acho que, uma vítima de bullying, sendo autora de um crime tão bárbaro como este, sό contribui para se tornar tão cruel quanto os covardes que praticam o bullying. Ainda mais matando crianças inocentes. Eu sei que o meu texto, a minha humilde opinião não mudarão nada, mas eu chego à conclusão de que já está mais do que na hora desses covardes se tornarem seres humanos de verdade, e acabarem com tal ação, antes que mais pessoas inocentes morram por causa bullying." Por Luana França

Então o que você pensa sobre o caso?

01/04/2011

Potsagem 2 em 1- A Escolhida + Romance

Antes de tudo acho que vocês já entenderam que serão duas coisas em um e pra bom entendedor de cinema já descobriu que são dois, no entanto, dessa vez é uma leitora aqui do blog que escreveu a crítica, ou melhor, as críticas dos filmes. E é com vocês agora a crítica da Luana França.



A Escolhida


Em um dia recente, pouco tempo depois de acordar de manhã, decidi assistir a um bom filme de suspense na internet. O filme escolhido foi uma decepção. Indo direto a histόria, Fiona Wagner é uma estudante de jornalismo que segue os rastros de um assassino. O método do psicopata é ordenar a vítima a fazer a escolha mais difícil de sua vida, como por exemplo escolher entre a vida do pai ou da mãe, ou ameaça matar ambos em 60 segundos.

Segundo a sinopse presente em alguns sites, esse é um dos filmes que prometem arrasar esse ano. Definitivamente isso é mentira! A histόria do filme é até bem interessante, porém a forma como ela é desenvolvida que é ruim. O filme é MUITO previsível, o que tira o suspense. Não chega a ser uma total perda de tempo, também não chega a ser muito cansativo. É όtimo para passar o tempo. Mas se você quer assistir a um filme de suspense que valha a pena, não escolha esse. Afinal de contas a decisão é sua, e toda a escolha tem suas consequências.


Romance


Some Guel Arraes + Jorge Furtado + Wagner Moura, Letícia Sabatella, e outros atores de peso. O resultado será “Romance”, um belíssimo filme de amor que fala sobre o amor. E sim, é nacional. Pedro (Moura) e Ana (Sabatella) são dois jovens atores que se apaixonam durante a montagem teatral do romance Tristão e Isolda. Ao mesmo tempo em que recriam a histόria deste casal mítico que está na origem de todos os casais românticos, eles tentam descobrir para si prόprios uma nova forma de se relacionar, menos trágica e mais livre, porém carregada da mesma emoção. Ao narrar o romance contemporâneo tendo como pano de fundo o clássico Tristão e Isolda, Romance é uma histόria de amor e uma histόria sobre o amor. O filme possui linguagem teatral, porém isso não o faz ser cansativo. O elenco é sensacional, a direção de Guel Arraes é como sempre excelente, e o roteiro do mesmo com Jorge Furtado é όtimo.


Quanto ao filme ser brasileiro, isso prova que o cinema nacional tem sim, evoluido bastante. Existe um grande preconceito com o nosso cinema por na maioria das vezes abordar temas como a violência. Mas mesmo se tratando de filmes assim, é possível, com toda certeza extrair o melhor da histόria, e ir além da violência mostrada na tela. Há alguns anos atrás, eu também tinha esse preconceito com o cinema nacional. Porém agora consigo exergá-lo de outra forma. E além disso, cinema nacional não é apenas violência. E Romance é exemplo disso. Um filme lindo e inesquecível sobre amor, teatro, televisão... que com certeza vale a pena ser visto!


Obs: Um abraço pra Luana, obrigada por ter contribuído com o blog e volte quando puder.

21/03/2011

O Menino do Pijama Listrado- A Amizade Além da Cerca

Uma grande vergonha para a Alemanha foi sua época comandada por Hitler, até hoje é difícil pra nós e muito mais pra eles entenderem esse passado "sujo" que está na memória do mundo, porém, diferente de qualquer filme sobre o holocausto, O Menino do Pijama Listrado tem sua maneira única de recontar essa história aos olhos de uma criança. O filme que é baseado na obra de mesmo nome, narra a história de Bruno e sua família a partir do momento em que seu pai, oficial do exército nazista, é transferido pra um outro lugar fora de Berlim.

A família que já tinha uma vida construída em Berlim mesmo assim aceita a mudança, exceto Bruno que tem apenas 8 anos e preferia ter ficado em "casa" com os amigos. A nova casa parece mais um QG do exército e isso sem contar que não havia vizinhos por perto, a não ser uma fazenda (Bruno concluiu que era quando viu) no fundo da casa. O garoto entediado, passou a explorar todo o local e tomou como investigação o fato dos fazendeiros no meio da tarde ainda estarem de pijama. Mesmo com a família vivendo tudo aquilo, todos os membros, menos o patriarca, parecem estar alienados e com isso vamos ter também descobertas mais maduras sobre a "fazenda", algo que Bruno talvez não tenha.

Apesar de tudo que acontece, Bruno continua alheio a história de seu país e ao nazismo, o pouco que ele descobre é quase o mesmo tanto de informações que o filme nos fornece. Contudo, à procura de aventuras ele acaba indo parar na fazenda e através da cerca ele conhece o curioso menino do pijama listrado, Schmuel. Os meninos então começam uma bela amizade, até por que os dois tem a mesma idade e a inocência deles permite ultrapassar qualquer tipo de barreira entre eles (e até mesmo pelo fato de inocentemente Bruno achar que no campo de concentração vivem fazendeiros e não entender a infelicidade deles por viverem ali). O contato entre os dois fica cada vez maior e o laço de amizade mais forte. Bruno, ao longo do filme, tem seus próprios conflitos internos por não saber se é certo ouvir sua família, que prega um regime nazista ou ouvir a si mesmo e ir em frente com amizade.

A película é única em seu enredo, mais do que um filme sobre amizade a história narra como ser fiel ao nazismo afetou inocentes. Por falar em inocência, esse fato é tão grande no filme que em certas cenas chega a ser engraçado como Bruno não compreende os pijamas, os números nas pessoas e o por que delas mudarem de emprego com tanta facilidade, mas o que o filme mais realça é essa amizade entre um judeu e um alemão nessa época, uma amizade que quebrou as barreiras da cerca e dos ideais que por qual cada menino estava sendo ensinado, mesmo com as diferenças de um ser livre e outro enjaulado, os meninos dão um jeito deles irem além do preconceito pra viverem essa amizade. O filme é lindo, com várias mensagens pra adultos e crianças, com um final trágico e mesmo assim belo. Seu enredo vale cada minuto de filme e sua atenção com certeza.

15/03/2011

A Rede Social- Seja você também mais um amigo

Quem nunca sonhou em ter uma grande ideia ou se descobrir com um talento que parecia não ter e viver só disso? Bem, acho que isso é quase como acertar na loteria, acontece com poucos, mas acontece. A Rede Social, como todos já devem saber, é o filme sobre o facebook. Mas o que talvez você não conheça é a história atrás dessa rede social tão famosa. Sem mais delongas, o filme narra desde o princípio, desde o vestígio da ideia bilionária que é o facebook.

O filme já inicia com uma conversa do (então criador do FB) Mark Zuckerberg (Jesse Eisenberg) com a namorada. Ele, fazendo o típico nerd inconveniente, na conversa acaba envolvendo vários assuntos e até ofendendo a garota, ela, no ápice da sensatez dá um fora nele. Mark chateado com o que acontecera, começa a beber e a blogar bêbado, depois disso as primeiras ideias do facebook começam a fluir. Os gêmeos Cameron e Tyler percebendo que o analista de sistema Mark tinha talento, já que em uma hora conseguiu milhares de acessos a sua página e isso estando bêbado, tem a ideia de criara uma rede social exclusiva para a Universidade de Harvard.

Zuckerberg resolve criar realmente a rede social, mas em companhia do melhor amigo, o brasileiro Eduardo Saverin.Seis anos e 500 milhões de amigos depois, as duas histórias envolvendo Mark, desde a história dos gêmeos até a parceria com Eduardo são contadas através dos depoimentos nos processos contra Mark, ao longo do filme o espectador decifra o por quê de Eduardo está processando o velho amigo e em outro processo, os gêmeos. A Rede Social pode ser um filme entediante pra quem não estar afim de conhecer a história do facebook ou como houve a partilha do mesmo já que houveram tantos "criadores".

A película segue a biografia de Zuckerberg a fio, o que acaba levando o filme pra um lado "pseudo cult" e sem aquele momento clímax que a maioria do enredo precisa ter, no entanto, se for visto sem pretensões e sem investigar os "por quê"das indicações ao Oscar, A Rede Social é bem melhor do que se imagina, ao ver você precisa entender que é um filme biográfico e nada de momentos com super máquinas vai acontecer, afinal, Mark também é gente, só que super inteligente e teve uma ideia surpreendente depois de ter pegado um fora. Resumindo, o filme não é tão chatinho quanto fiquei sabendo que era.

02/03/2011

Toy Story 3- Voltando a Velha Infância

Como é difícil olhar para trás e perceber a que a infância já passou, ver que muitas das crianças na época desejam ser adultas e agora sentem saudades daquela velha infância. Toy Story 3 é um filme de animação que nos faz pensar em tudo isso, aqueles momentos das brincadeiras que foram largados em algum momento em que nem percebemos. As pessoas que cresceram com o personagem Andy devem sentir no filme uma ligação maior com a história afinal, Toy Story passou da fase de desenho pra entreter crianças a história que emocionam adultos.

Na terceira sequência de Toy Story, Andy já é um rapaz que está indo pra universidade. A preocupação dos nossos velhos amigos brinquedos Woody, Buzz, Senhor Cabeça de Batata... etc. é, será que um dia Andy voltará a brincar com eles? Já cansados de serem rejeitados pelo rapaz depois de várias tentativas mal-sucedidas de chamar atenção de sua "criança", os brinquedos percebem que não há outra maneira a não ser serem guardados. No desenvolver da estória Andy opta por levar o cowboy Woody pra faculdade e guardar os outros no Sótão, mas por engano eles vão parar no lixo e depois, por decisão própria dos brinquedos, eles vão pra caixa de doações de brinquedos para creche.

"Acidentalmente" na creche, eles acham que ali é um paraíso dos brinquedos, crianças pra brincar com eles cinco dias por semana e até manutenção de brinquedos. Seus ideais de perfeição para brinquedos são acabados quando descobrem que o manda-chuva dali é um urso rosa com cheiro de morango que foi substituído por sua criança e que apesar da aparência é muito malvado com os novos brinquedos da creche, tarde demais eles percebem que Woody estava certo e que todos deveriam voltar para o Andy. Todos, inclusive Woody, começam a elaborar planos pra sair dali e voltar a tempo de ver o Andy antes de ir pra faculdade. Os planos são tão inteligentes quanto um plano elaborado por brinquedos de criança.

Então, mais do que você possa imaginar o final do filme sem ter visto, ele vai te surpreender. As cenas finais ou até mesmo a do lixão, onde parece que tudo vai acabar de vez, emociona a qualquer um. Perceber ao longo do filme que crescemos junto com o Andy e os brinquedos no filme fazem representações de como nos sentíamos no passado e agora nos portamos de outra forma faz muita gente se emocionar com um filme de animação. Nos minutos finais é quando vemos que tudo vai acabar pra sempre, a sensação de que agora a infância ficou pra trás mesmo é maior e tudo isso é mérito da nossa querida Disney Pixar, por quê só ela mesma pra fazer pra fazer filmes infantis assim. Vale muito a pena dar uma conferida, emocionar-se pela última vez, ri com os brinquedos pela última vez e se despedir da infância de uma vez... Ou não.

26/02/2011

Burlesque- Sem o Glamour Musical Esperado.

Nesse grande mundo do entretenimento cinematográfico existe um gênero musical ainda acanhado, apesar de existir há tempos, escondido por falta de oportunidades de se reafirmar. Quando há dois anos na cerimônia do Oscar Hugh Jackman disse "os musicais estão de volta" dava-se pra pensar que sim, ele está certo, mas logo se percebe que nos últimos anos nada mudou muito nos musicais e com certeza não será Burlesque que vai fazer esse gênero "firmar-se" digamos assim. Sem mais delongas, vamos ao filme.

Burlesque é um filme adaptado a nossa realidade. No filme é traçada a história de Ali (Christina Aguilera) que trabalha numa pequena cidade em lugar onde ninguém valoriza seu talento. Sim, ela tem talento, sabe canta muito bem e tem aquele velho sonho clichê de brilhar nos palcos. A moça foge para Los Angeles e lá praticamente de cara ela se depara com o Burlesque, ao ver o primeiro número "welcome to Burlesque" seus olhos brilham e ela decide que é ali que ela quer estar- No palco daquele tipo de bar em que as moças dublavam e dançavam com pouca roupa (pelo menos no filme). No filme, temos em cena Kristen Bell e Stanley Tucci que eram meros coadjuvantes mal-aproveitados, respectivamente eram a inimiga sem-talento da mocinha Ali e o amigo gay conselheiro da diva excêntrica Tess. Tucci quase nos reapresenta aquele velho personagem de O Diabo Veste Prada, quase.

O problema do filme é que apenas isso, o maior dilema dele é quando Ali vai conseguir convencer a dona do bar Tess (Cher) de seu talento e como Tess vai salvar seu querido bursleque das dívidas de banco. É claro que durante o filme temos os números musicais e histórias paralelas que acontecem, mas nada muito sério que deva ser mencionado. As músicas do filme são realmente um entretenimento a parte, você não sai do filme com aquela vontade de assistir de novo, mas sim de ter as músicas pra si, pois elas realmente estão boas, não é à toa que o segundo número solo de Cher ganhou o globo de ouro.

Infelizmente, nem os números com as músicas (claro) estão muito bons, pareceu faltar ânimo (em outras palavras criatividade) para que desse brilho que as músicas mereciam. Deve ter sido um dos erros do diretor, sabendo que o enredo já era fraco, deveria ele ter explorado os números, fazer do palco de Burlesque um grande palco para suas estrelas no filme. Contudo, o filme merece seu reconhecimento, é o primeiro de Aguilera e deve ser um deleite para os fãs, mas talvez com poucas mudanças no enredo e mais ousadia nos números ele seria um filme espetacular, como o seu primo distante "Moulin Rouge".

22/02/2011

Cisne Negro- A Eterna Busca da Perfeição

Olá leitor (a), há tempos o blog continuava sem atualização, pois hoje, eis que no ápice do complexo de fênix, ressurgindo das cinzas ele retorna. E pra uma volta que seja ao menos um pouco memorável, o filme de hoje será o mais maravilhoso, o mais comentado, o filme bam-bam-bam do momento, o filme “ame-o ou deixe-o”, o filme... Ta parei. Cisne Negro é o filme no qual tem causado certas controversas, primeiro por que ele é o filme mais amado e odiado do momento.

Cisne Negro narra a história de Nina (Natalie Portman), uma moça que vive linda e unicamente para o balé. Seu grande sonho é se tornar a primeira bailarina de Thomas (coreografo ou coordenador ou qualquer coisa que chamem o cara durão que maltrata bailarinas). Para que seja realizado o sonho ela precisa do papel principal na mais nova montagem de Thomas. Lago dos Cisnes o famoso balé de Tchaikovsky. Pra quem não sabe o Lago dos Cisnes tem o cisne branco que é a princesa amaldiçoada e o cisne negro sua inimiga que se dá bem no fim da história toda.

Nina é doce, educada, uma menininha no corpo de uma mulher. Todas as características de uma princesinha do bem, mas ela precisa ser mais agressiva, mais ousada para ser o cisne negro. Eis que a pressão de se tornar o Cisne Negro no palco começa a dar contornos ao filme. Ela sabe o que o espetáculo pode significar pra sua carreira, mas quanto mais ela se esforça para emergir seu lado negro mais ele parece estar distante, é então que nós, meros espectadores começamos a nos tornar parte de Nina.

A bailarina começa a ter estranhos arranhões pelo corpo, as pessoas agem de forma diferente com ela e só o que ela precisa é incorporar o Cisne Negro no palco perfeitamente. Ah, a perfeição, algo inalcançável pelo ser humano, mas que no fundo todos procuram. Nina em busca da mesma perde credibilidade diante dos seus olhos para a nova bailarina Lily, a mocinha que não quer saber de acertar os passos e sim de sentir cada movimento sincronizando-os com a música, fazendo assim que ela seja perfeita para o papel que nina irá fazer. Cisne Negro.

Presos a Nina, o público acompanha sua sanidade se esvair é aí que muitos odeiam o filme, somos induzidos a nos confundir entre a realidade e ilusão. Talvez pela ousadia do diretor em colocar cenas de sexo e algumas cenas em que Nina está surtando, que raramente são colocadas na visão da “vítima” e sim de quem vê de fora, sim por esses motivos muita gente odiou o filme.

Um suspense com certeza memorável, o filme que mexe com todos os sentidos de quem assiste e sem tirar o fato de “surtarmos” junto a protagonista, com Cisne Negro cada pessoa no público tenta se transformar em Cisne também, o filme é “invasivo” mesmo, quando você menos perceber está envolvido, sentindo o que Nina sente, vivendo o que ela vive, preso a um mundo claustrofóbico da insanidade (talvez?!) que nem ao menos sabemos em que momento o filme, Nina e nós chegamos lá. Se tiver estômago forte e gosta de grandes suspenses, fica a dica desse grande filme.