30/07/2009

1000 visitas e o vestibular chegando

Primeiro quero agradecer a todos que me ajudaram divulgando o blog, falando pros outros virem aqui, comentando, votando... Enfim divulgando, quero agradecer aqueles que me ajudaram a melhorar o blog, aos que não me deixaram excluir, enfim (novamente) aos meus amigos que ajudaram, as amizades que fiz por internet que também ajudaram e a uma certa comunidade do Orkut em especial que me ajudou e muito a chegar nesse número (que eu nunca achei que iria chegar), aos seguidores e aos parceiros. E pra comemorar essa data tão especial eu não vou falar de um filme, nem de música muito menos de livro, mas vou falar de um assunto que é muito importante pra todos (quase todos). Eu não sabia o que colocar pra comemorar, então vou colocar um texto que provavelmente caia na prova do ENEM e que tem um fim com uma “lição de vida”.

O Verbo “For”

Vestibular de verdade era no meu tempo. Já estou chegando, ou já cheguei, à altura da vida em que tudo de bom era no meu tempo; meu e de outros coroas [...]
O vestibular de direito a que me submeti, na velha faculdade de Direito da Bahia, tinha só quatro matérias: português, latim, francês ou inglês e sociologia, sendo que esta não constava dos currículos do curso secundário e a gente tinha de se virar por fora. Nada de cruzinhas, múltipla escolha ou matérias que não interessavam à carreira. Tudo escrito tão ruibarbosiamente quanto possível, com citações decoradas, preferivelmente [...]
Quis irônico destino, uns anos mais tarde, que eu fosse professor da Escola da Administração da Universidade Federal da Bahia e me designassem para a banca de português, com prova oral e tudo. Eu tinha fama de professor carrasco, que até hoje considero injustíssima, e ficava muito incomodado com aqueles rapazes e moças pálidos e trêmulos diante de mim. Uma bela vez, chegou um sem menor sinal de nervosismo, muito elegante, paletó, gravata e abotoaduras vistosas. A prova oral bestíssima. Mandava-se o candidato ler umas dez linhas em voz alta (sim, porque alguns não sabiam ler) e depois se perguntava o que queria dizer uma palavra trivial ou outra, qual era o plural de outra e assim por diante. Esse mal sabia ler, mas não perdia a pose. Não acertou responder nada. Então, eu, carrasco fictício, peguei no texto uma frase em que a palavra “for” tanto podia ser do verbo “ser” quanto do verbo “ir”. Pronto, pensei. Se ele distinguir qual é o verbo, considero-o um gênio, dou quatro, ele passa e seja o que Deus quiser.
- Esse “for” aí, que verbo é esse?
Ele considerou a frase longamente, como se eu estivesse pedindo que resolvesse a quadratura do circulo, depois, ajeitou as abotoaduras e me encarou sorridente.
- Verbo for.
-Verbo o quê?
- Verbo for.
-Conjugue aí o presente do indicativo desse verbo.
-Eu fonho, tu fões, ele fõe – recitou ele, impávido. – Nós fomos, vós fondes, eles fõem.
Não, dessa vez ele não passou. Mas, se perseverou, deve ter acabado num posto qualquer do Ministério da Administração ou na equipe econômica, ou ainda aposentado como marajá, ou as três coisas. Vestibular, no meu tempo, era muito mais divertido do que hoje e, nos dias que correm, devidamente diplomado, ele deve estar fondo pra quebrar. Fões tu? Com quase toda a certeza, não. Eu tampouco fonho. Mas ele fõe.

Bem gente talvez essa seja a dura realidade de algumas escolas brasileiras(ou faculdades ex:UFAM), mas ao menos serviu pra divertir um pouco...

Espero vocês na comemoração de 5000 e eu prometo que dessa vez será um filme.
Beijos

Um comentário:

Raisa disse...

aoiueoiuoei o texto nada msm !!
EÊêH caraio eh nóis 1000 visitas ,de nada mirih;D
bju